| CRÍTICAS | Deathgasm

Quem nunca ouviu dizer que o rock’n’roll era a música do demo? E quem nunca perdeu horas de vida a ouvir temas rock de trás para a frente em busca de mensagens satânicas escondidas que atire a primeira pedra. A todos estes, Deathgasm vem provar que estávamos certos: o rock’n’roll está mesmo conectado com o Diabo, o Inferno e sei lá mais o quê.

Vindo da recôndita Nova Zelândia, de onde – juntamente com a sua vizinha Austrália – têm vindo alguns dos mais originais filmes fantásticos da última década, chega Deathgasm, a história de dois metaleiros que encontram um hino do heavy metal capaz de invocar – literalmente – o demo. Parece uma boa ideia, especialmente porque Brodie (Milo Cawthorne) é vítima de bullying no liceu e isso pode lhe dar poder. Mas obviamente que se vai revelar um erro, quando toda a gente se transforma em zombie.

Deathgasm é um festim gore, próximo do comedy horror dos bons velhos tempos de Peter Jackson (outro tipo da Nova Zelândia, será coincidência) – alguém mencionou Morte Cerebral -, com algumas piadas inteligentes sobre o mundo do rock’n’roll e do heavy metal, que provavelmente irão passar ao lado de muito boa gente que não ligue a este tipo de música. Por exemplo, se não achou piada nenhuma a This is Spinal Tap então nem vale a pena perder tempo com isto.

Tudo o resto é mais ou menos chapa quatro, porque o realizador Jason Lei Howden, especialista em efeitos especiais, gasta o resto do tempo em aperfeiçoar o gore, tão desnecessário quanto bem feito. Aliás, depois de invocado o demo, as pessoas transformam-se mais em zombies do que em possuídos, o que facilita o banho de sangue. Obviamente que qualquer matança do porco, independentemente do motivo, é uma boa razão para valer qualquer filme, mas o potencial da premissa fazia esperar um poucochinho mais do que o Cheeseburger final. Título: Deathgasm
Realizador: Jason Lei Howden
Ano: 2015

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