| CRÍTICAS | X-Men: Apocalipse

Se continuarem a fazer filmes dos X-Men a este ritmo, daqui a nada haverá mais filmes do que livros de banda-desenhada. X-Men: Apocalipse é o último tomo do mais famoso grupo de mutantes que a Marvel mete cá fora, contando com os dois episódios do Wolverine. E depois de ter viajado no tempo para contar a origem do Professor Xavier e do Magneto, de ter ido até ao futuro ver como os Sentinelas andarão a fazer a vida negra aos mutantes e de ter regressado novamente ao passado, mas não tão atrás, para alterar o futuro, o novo filme volta a ir atrás no tempo, mas agora só até aos anos 80. Uff…

Já conhecíamos a origem de vários X-Men e X-Men: Apocalipse dá-nos o como tudo começou de mais alguns: um jovem Ciclope (Tye Sheridan), uma jovem Tempestade (Alexandra Shipp) ou um jovem Anjo (Ben Hardy). E que têm estes miúdos em comum? Todos são actores terríveis. Por sua vez, Sophie Turner não é tão sofrível quanto isso, mas é um erro de casting, já que não tem fibra para uma Jean Grey. Dos novos, o melhorzinho é mesmo Kodi Smit-McPhee na pele de Nocturno.

Sete filmes depois, olhamos para mais um episódio de Bryan Singer e parece que já vimos tudo aquilo. X-Men: Apocalipse é mais um filme com a origem do Wolverine (que tem que entrar sempre, como se os filmes não sobrevivessem à ausência do seu herói mais cool), mais um com a origem da Fénix, mais um com o Mercúrio de Evan Petters a salvar o dia numa sequência muito fixe a duas velocidades ou mais um com a Mística a ser a peça-central, apesar de ser uma personagem (super)secundária nos livros. As vantagens de ser a Jennifer Lawrence. Que até já se dá ao luxo de aparecer quase sempre na sua forma original, dispensando as horas passadas na maquilhagem.

Com tantas personagens e subplots cruzados a decorrerem ao mesmo tempo, Bryan Singer nem sequer tem tempo para fazer correr o seu habitual número existencialista dos mutantes atormentados consigo próprios. Ele está lá, mas completamente abafado por tudo o resto que está a acontecer. O que fica na memória é a onda de destruição que o divino Apocalipse (Oscar Isaac) traz, num filme-catástrofe que faz o Roland Emmerich corar de vergonha. X-Men: Apocalipse é um dos piores X-Men até à data e um Cheeseburger confuso e atabalhoado, ao que aquele plano final com o Magneto (Michael Fassbender) a reconstruírem a escola do professor Xavier com os seus poderes como se fosse uma casa de lego não ajuda nada.Título: X-Men: Apocalypse
Realizador: Bryan Singer
Ano: 2016

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *