| CRÍTICAS | Performance

A modelo e actriz-wannabe Anita Pallenberg foi a bicicleta dos Rolling Stones. Começou por namorar com Brian Jones, mas depois trocou-o por Keith Richards, contribuindo para a sua depressão e, no fundo, para que acabasse por entrar para o Clube dos 27. Depois, durante a rodagem deste Performance, Anita ofereceu um belo par de cornos a Richards, envolvendo-se com o colega actor-wannabe, Mick Jagger. Consta que as cenas de sexo entre os dois foram tão bem feitas que até ganharam um prémio num festival de filmes para adultos, na Holanda. Digam lá que isto não é razão mais do que suficiente para vermos Performance?

Performance era para ser um filme sobre a swinging London e, no fundo, sobre o brit-rock. Tinha também, pela primeira vez em filme, a super-estrela Mick Jagger (estava a banda então no auge de popularidade), e a Warner tinha a secreta expectativa que o filme fosse um equivalente dos Rolling Stones de A Hard’s Day Night (ou qualquer outra patetada dos Beatles). Contudo, Performance acabou por ser um filme negro, psicadélico e experimental, que passou dois anos na gaveta sem que os produtores, completamente assustados, soubessem o que fazer com ele. Performance era tão esquisito e perturbador que, décadas antes de Saw – Enigma Mortal, já tinha feito pessoas vomitar durante os screen tests.

É certo que está lá a Swinging London. Aliás, até ser feito Cocksucker Blues – o infame documentário (e banido) documentário da não menos infame tournée mundial dos Stones, em 1972 -, Performance era o documento essencial da tríade sexo, drogas e rock’n’roll, que definiu a década de 60. Mas Performance tem muito mais: tem Mick Jagger e Anita Pallenberg, é certo, mas tem também James Fox e o melhor filme de gangsters inglês (que acabou por influenciar os gangsters de Tarantino e os de Guy Ritchie), tem experimentalismo à Kenneth Anger transformado em mainstream e cut-ups com fartura e tem drogas, muitas drogas, mais drogas que o sábado à noite da Amy Winehouse.

A modelo e actriz-wannabe Anita Pallenberg foi a bicicleta dos Rolling Stones. Começou por namorar com Brian Jones, mas depois trocou-o por Keith Richards, contribuindo para a sua depressão e, no fundo, para que acabasse por entrar para o Clube dos 27. Depois, durante a rodagem deste Performance, Anita ofereceu um belo par de cornos a Richards, envolvendo-se com o colega actor-wannabe, Mick Jagger. Consta que as cenas de sexo entre os dois foram tão bem feitas que até ganharam um prémio num festival de filmes para adultos, na Holanda. Digam lá que isto não é razão mais do que suficiente para vermos Performance?

Performance era para ser um filme sobre a swinging London e, no fundo, sobre o brit-rock. Tinha também, pela primeira vez em filme, a super-estrela Mick Jagger (estava a banda então no auge de popularidade), e a Warner tinha a secreta expectativa que o filme fosse um equivalente dos Rolling Stones de A Hard’s Day Night (ou qualquer outra patetada dos Beatles). Contudo, Performance acabou por ser um filme negro, psicadélico e experimental, que passou dois anos na gaveta sem que os produtores, completamente assustados, soubessem o que fazer com ele. Performance era tão esquisito e perturbador que, décadas antes de Saw – Enigma Mortal, já tinha feito pessoas vomitar durante os screen tests.

É certo que está lá a Swinging London. Aliás, até ser feito Cocksucker Blues – o infame documentário (e banido) documentário da não menos infame tournée mundial dos Stones, em 1972 -, Performance era o documento essencial da tríade sexo, drogas e rock’n’roll, que definiu a década de 60. Mas Performance tem muito mais: tem Mick Jagger e Anita Pallenberg, é certo, mas tem também James Fox e o melhor filme de gangsters inglês (que acabou por influenciar os gangsters de Tarantino e os de Guy Ritchie), tem experimentalismo à Kenneth Anger transformado em mainstream e cut-ups com fartura e tem drogas, muitas drogas, mais drogas que o sábado à noite da Amy Winehouse.

Título: Performance
Realizador: Donald Cammell & Nicolas Roeg
Ano: 1970

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