| CRÍTICAS | Assassinos e Rivais

Da carreira recente de Jean-Claude Van Damme, feita de produções europeias realizadas em países manhosos do leste straight-to-DVD (e que os entendidos do género dizem ser a melhor fase da sua filmografia desde o final dos anos 80 – se bem que Duplo Impacto, o seu último bom mau filme, já é de 1991), Assassinos e Rivais foi o único que conseguiu chegar às salas de cinema norte-americanas (se bem que numa distribuição (muit0) limitada e restrita). O que não deixa de ser curioso, tendo em conta que destes títulos é claramente o pior.

Cá estou eu a começar pelo fim, num hábito bem irritante. Mas como nos filmes de Van Damme vale tudo, tenho desculpa para isso. Assassinos e Rivais é então um filme em que dois assassinos a soldo (o próprio Van Damme e Scott Adkins) vão unir esforços para eliminarem um alvo comum, depois de uma (muito breve)… rivalidade. É como Assassinos, mas sem qualquer tensão entre os protagonistas, já que o realizador Ernie Barbarash aposta tudo num subplot dramático hiper-exagerado que envolver a mulher de Adkins em estado comatoso depois de ter sido violada em grupo e uma vizinha prostituta de Van Damme (a bela Marija Karan), que vai fazer com que este deixe cair o coração de ferro que o impossibilita de ter qualquer sentimento humano e que (tenta) justifica(r) a sua inexpressividade facial.

Ao contrário dos filmes recentes de Van Damme, que têm sido mais negros e violentos do que o costume, Assassinos e Rivais é claramente o mais fraquinho, até porque é o que parece ter os valores de produção mais limitados (e aquelas cores dessaturadas dão-lhe ar de homemovie). Isso traduz-se em poucas cenas de acção que valham a pena, coreografias mal ensaiadas e apenas um duelo entre o belga e Adkins que não tem piada nenhuma. Tudo o resto é resolvido em tiroteios chapa quatro, tão aborrecidos quanto anónimos.

E tendo em conta que Van Damme já está velho demais para andar aos rotativos pelo ar e a fazer a espargata, Assassinos e Rivais não tem nada para compensar. É apenas o enésimo action flick de Jean-Claude Van Damme, que ele faz ao quilo e que muito pouca gente quer saber. E, claramente, esta Hamurga de Choco muito pouco tem a ver com os outros filmes romenos/moldavos/búlgaros (riscas o que não interessa) do actor belga.Título: Assassination Games
Realizador: Ernie Barbarash
Ano: 2011

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