Estamos naquela altura do ano em que já começamos a contar os dias para o MotelX, o melhor festival de cinema de terror e fantástico do nosso país e arredores. Não é exagero. Basta olhar para as onze sessões anteriores e ver os filmes que por lá têm passado. E os nomes: Alejandro Jodorowsky, Aléx de la Iglesia, Dario Argento ou John Landis.
Para este ano ainda não sabemos quem é que vai marcar presença, mas já foram anunciados os primeiros destaques. E o maior deles é… o Frankenstein. Tendo como pretexto o bicentenário aniversário da obra homónima de Mary Shelley, vai ser possível ver, na Cinemateca, um mês inteiro de filmes dedicado a esse símbolo dos filmes de monstros, com Boris Karloff e Cristopher Lee na linha da frente, mas ainda com variações tão distintas quanto a animação de Tim Burton, Frankenweenie, ou O Mundo é um Manicómio, de Frank Capra.
Quanto ao festival propriamente dito, já se sabe também que abrirá com o novo tomo da saga Conjuring, , que esperamos que marque um revival como deve ser do nunexploitation. Depois lá mais para a frente havemos de vos dar os destaques em particular da programação, quando esta for anunciada em definitivo, mas para já um outro destaque: a homenagem a Solveig Nordlund, cujo reconhecimento só peca por tardio. A Filha é uma espécie de versão tuga de Psico, mas é Aparelho Voador a Baixa Altitude que merece o nosso particular carinho. Afinal de contas, é um dos poucos exemplos sci-fi nacionais, filmado na então decrépita Tróia, para animar a decrépita distopia de JG Ballard.