| CRÍTICAS | Matando Salazar

Olhamos para o título, Matando Salazar, e imaginamos logo um filme sobre uma tentativa de assassinato ao ditador que governou o nosso rectângulo à beira-mar plantado. Mesmo quando depois descobrimos que este é um dos recentes filmes da actual carreira straight-to-video de Steven Seagal (só em 2016 foram seis-6-seis filmes), continuamos a querer convencer-nos que terá alguma coisa a ver com os tempos da Outra Senhora…

Infelizmente, bastam cinco minutos de Matando Salazar para nos arruinar o wishful thinking. Este Salazar também é um facínora do pior, mas é metade colombiano, metade russo (Florin Piersic Jr.)… Só lhe falta ser metade sérvio também, para ter um pouco de todas as nacionalidades vilãs favoritas dos filmes de acção. Só não se percebe é porque vive na Roménia. Mas pronto, todos sabemos que filmar na terra do Drácula sai barato e o cinema xunga há muito que assentou lá arraiais.

Joseph “El Tiburon” Salazar é então o líder de um grupo terrorista e cartel violento e sangrento que gere o bloco de Leste, que foi capturado e precisa de ser protegido durante uma noite por um grupo reduzido de Rangers, onde se destaca Luke Goss. Steven Seagal é o chefão que começa o filme a entrevistar Luke Goss para saber o que se passou e Matando Salazar lá recua em regime de flashback, porque fazer um filme de acção com linearidade narrativa já é muito démodé.

Luke Goss é o protagonista de Matando Salazar e, sem sobressair particularmente, dá conta do recado. Steven Seagal há-de ter o seu momento, em que irá defrontar Georges St-Pierre da única forma que agora consegue: parado paradinho. Já não há paciência para Steven Seagal, a sério. Parem de ver os seus filmes!

Para filme de acção série b, Matando Salazar até não é totalmente dispensável. Já vimos bem pior e a pagar. Só é pena gostar demasiado de se ver a si próprio, esticando-se para umas intermináveis (e incompreensíveis) duas horas e pouco. Quando voltámos da cozinha, onde fomos preparar a bucha, quase que perdíamos o twist final e que envolve o tipo do comic relief. Parece que era a única forma da coisa fazer sentido, mesmo que vá contra todas as possibilidades de realismo…

De resto, nada de novo em Bucareste: armas com munições infinitas, os maus com o síndrome de Stormtrooper (ou seja, falham todos os tiros), o protagonista que se apaixona perdidamente pela única miúda do filme mesmo que só se tenham visto 5 minutos e, claro, Steven Seagal a mexer as mãos muito depressa. A sério, digo-o só mais uma vez: levem lá o Happy Meal e deixem de ver filmes do Seagal, por favor.

Título: Killing Salazar
Realizador: Keoni Waxman
Ano: 2017

2 thoughts on “| CRÍTICAS | Matando Salazar

  1. Eu não entendo por que esse filme matando salazar que terminou assim então o que aconteceu no final do filme enquanto a mulher soldada que foi capturada por salazar que fugiu de uma van a unica chance de salva a mulher e matar o salazar e um funcionário do hotel que ele e o suspeito tambem
    Deveria ter acabado essa missão vai esta tudo resolvido

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