| CRÍTICAS | Barb Wire – Bela e Perigosa

Na ressaca do sucesso global e Marés Vivas, Pamela Anderson realizou aquele que é, provavelmente, o seu melhor e mais conhecido filme da carreira. Quer dizer, isso se não contarmos com aquele que fez com o então marido Tommy Lee e que deve ganhar agora uma segunda vida, após a série Pam & Tommy. Barb Wire – Bela e Perigosa é uma versão distópica de Casablanca com a própria como protagonista e só isso é suficiente para ser o melhor filme de sempre.

Bem-vindos então ao ano de 2017(!), com os Estados Unidos mergulhos numa guerra civil devastadora. Steel Harbour é a única cidade onde o regime não domina, mas que é gerida pelo crime e corrupção. No centro, está a discoteca de Pamela Anderson, qual Rick’s Café, onde toda a gente se junta. E, para pagar as contas, Pamela é também uma caçadora de prémios, bela e perigosa, claro. A coisa evolui rapidamente para um enredo que envolve umas lentes de contacto roubadas e uma médica em fuga, mas que, na verdade, não interessa muito.

Como não podia deixar de ser, Barb Wire – Bela e Perigosa é um veículo para Pamela Anderson se bambolear e exibir o o corpo, num filme em que toda a gente lhe elogia, e passo a citar, os enormes marmelos. Há, portanto, toda uma série de cenas fetichistas, mais ou menos gratuitas, a saber: Pamela a dançar no varão, Pamela a tomar banho de espuma, etc. É quase como os livros da Anita, mas sempre em fatos de cabedal justinhos. O que é curioso é que, exceptuando uma muito breve cena (e cena e relance), Pamela nunca mostra as mamas.

Depois, no último terço, Barb Wire – Bela e Perigosa assume a sua influência As Motos da Morte e mostra toda a sua faceta pós-apocalíptica, numa perseguição de veículos quitados, más coreografias e munição infinita. Um verdadeiro festival de xungaria, mas que tenta dizer qualquer coisa nas entrelinhas em vez de ser só gratuito. Um McCHicken daqueles tão maus que se tornam bons.

Título: Barb Wire
Realizador: David Hogan
Ano: 1996

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