| LISTAS | Os Piores Filmes de 2024

Estava a tentar adiar este texto, mas não dá. Por mais que queira ignorar, o corpo impele-me a escrever-vos este aviso em formato de lista com 7 entradas, com os piores filmes do ano. E olhem que foi um ano com muito por onde escolher. Quase que dava para fazer duas listas destas.

7º Lugar
Tornados, de Lee Isaac Chung

O grande blockbuster do verão de 2024 foi Tornados, um remake de um filme de 1996 que nem sequer foi um dos três melhores blockbusters do seu ano. Que raio se passa com a originalidade de Hollywood? Ou com a sua ideia de entretenimento? Eis a prova #240 de como os filmes de super-heróis têm secado tudo à sua volta, como um eucalipto gigante.
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6º Lugar
Tarot – Carta da Morte, de Spenser Cohen & Anna Halberg

Tarot – Carta da Morte é um daqueles filmes de terror genéricos que estreiam às pazadas durante o ano. Quer dizer, agora a maioria é despejada directamente para os serviços de streaming. Por isso, estar a pô-lo aqui é dar-lhe uma importância que não merece. Mas este irritou-se particularmente, talvez porque tem o pior comic relief de sempre de Jacob Batalon, que quase me fez furar os olhos com a palhinha do refrigerante.
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5º Lugar
Argylle – Espião Secreto, de Matthew Vaughn

Precisávamos tanto de um novo universo cinematográfico criado por Matthew Vaughn como de um buraco na cabeça. Ainda por cima quando é uma versão ainda pior de Kingsman – Serviços Secretos, que também não tem piadinha nenhuma. E, mais… Argylle – Espião Secreto é uma variação do Em Busca da Esmeralda Perdida, mas com um twist. Bah, vão-se mas é encher de moscas.
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4º Lugar
The Beekeper – O Protector, de David Ayer

Por alguma razão obscura, The Beekeper – O Protector tornou-se numa espécie de mini-fenómeno no início de 2024. É que não há nada nesta xungaria de Jason Statham que o justifique. Talvez seja a obsessão que a internet tem por abelhas, se bem que a metáfora usada entre uma colmeia e uma qualquer organização governamental secreta norte-americana é tão fraca que nem se segura nas pernas. The Beekeper – O Protector procura emular o sucesso recente de John Wick, mas a sua herança é antes a dos action heroes fascistas dos anos 80, do vigilantismo e da justiça pelas próprias mãos.
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3º Lugar
A Doce Costa Leste, de Sean Price Williams

A estreia na realização de Sean Price Williams era muito esperada, mas foi pífia. Parecia que ia ser a salvação do cinema independente norte-americano, mas esse filme acabou por ser Anora. Por acaso, A Doce Costa Leste até parece ser um primo afastado de Anora. É uma espécie de viagem de Alice pelo outro lado do espelho, mas demasiado aleatória, sem uma mensagem, uma intenção ou grande interesse.
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2º Lugar
O Corvo, de Rupert Sanders

Vamos lá ter uma conversa honesta que vocês andam a evitar à muito tempo: O Corvo original não é um bom filme. E todos os outros que vieram a seguir (incluindo a série de televisão) são ainda piores. Por isso, porque é que se continua a insistir? Este novo O Corvo é mais um desastre que mistura teenage angst e música gótica com um final hiper-violento completamente descabido e que ainda tem o descaramento de deixar a porta aberta a uma sequela. Esperemos que o bom-senso prevaleça.
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1º Lugar (ex-aequo)
Venom – A Última Dança + Kraven, O Caçador + Madame Web, da Sony

O Universo Marvel da Sony nunca foi bom, mas este último suspiro antes dos direitos serem absorvidos pela Disney e pelo seu Universo Cinematográfico foi um desastre de proporções épicos. Quero acreditar que a Sony fez de propósito para tentar lixar a Disney, só pode ser isso. Foram três filmes sempre a descer até baterem no fundo com estrondo. Madame Web foi tão mau que até a protagonista, Dakota Johnson, andou a fazer campanha conta o filme; Venom – A Última Dança consegue fechar uma trilogia ainda pior que os filmes do Motoqueiro Fantasma; e Kraven, O Caçador… já nem sequer me lembro, de tão esquecível que foi. Adeus Universo Marvel da Sony, ninguém vai sentir a tua falta.
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