Tal como nos outros anos, 2016 também esteve cheio de maus filmes. Felizmente, aqui pelo tasco não passaram muitos desses títulos. Não por ter evitado particularmente um ou outro filme, mas por causa de um misto de sorte e coincidência. Mesmo assim, vi lixo o suficiente para fazer a lista dos piores filmes de 2016.
5º Lugar
Francofonia, de Alexandr Sakurov
O russo Aleksandr Sakurov tem um do cinema visualmente mais incrível da actualidade. Francofonia não é excepção, cada plano parece uma pintura hiper-realista. E aquele travelling de abertura que se eleva pelos céus de Paris é um mimo. Mas depois este documentário sobre o museu do Louvre fica encurralado no seu próprio formalismo, desafiando a nossa paciência até ao limite. Esse limite é quando aparecem umas recriações históricas com tanto de telenovela quanto de óbvio.
4º Lugar
A Comuna, de Thomas Vinterberg
É impressionante como Thomas Vinterberg alterna coisas tão boas com outras tão más. Depois do excelente A Caça, A Comuna não podia ser mais anónimo, aborrecido e desinteressante. Um filme cheio de lugares comuns, que colecciona ideias e depois não segue nenhuma delas, fechando-se num melodrama que faz Douglas Sirk ir buscar pipocas e rir a bandeiras despregadas.
Crítica aqui.
3º Lugar
Esquadrão Suicida, de David Ayer
Parece não ser possível falhar num filme como Esquadrão Suicida, em que os mais temíveis super-vilões da DC são reunidos para salvar o mundo. No entanto, David Ayer consegue fazer o impossível. Começa logo pelo absurdo da história – para deter um deus maligno, chama-se uma maluca de cuecas com um taco de basebol, um tipo metade crocodilo, o rei da escalada e outro que atira bumerangues -, passa pelo (pseudo)argumento cheio de clichés e termina num rip-off esquisito do Caça-Fantasmas. Um filme em que o melhor é Jared Leto a fazer uma versão Marylin Manson do Joker diz muita coisa…
Crítica aqui.
2º Lugar
O Cheiro de Nós, de Larry Clark
Era mesmo o que precisávamos, de um Miúdos feito em França. Larry Clark está cada vez mais um dirty old man e já nem se dá ao trabalho de disfarçar.
Crítica aqui.
1º Lugar
Point Break – Caçadores de Emoções, de Ericson Core
Não vi e detestei.
Recuso-me a ver isto.