| CRÍTICAS | Máquinas de Guerra

Seguindo o sucesso dos homens-máquina de Exterminador Implacável e RoboCop, Jean-Claude Van Damme também experimentou o género no início dos anos 90. Se bem que, no seu caso, nunca percebemos muito bem até que ponto é humano ou não, porque a parte de ficção científica nunca é bem explicada – exceptuando qualquer coisa acerca da sobreacelaração dos tecidos(?).

Ora bem, Van Damme é então um soldado em pleno Vietname que, durante uma missão, encontra o Sargento Dolph Lundgren completamente passado dos carretos a massacrar uma aldeia de locais e a fazer um colar com as orelhas das vítimas. Oir momentos podia ser o melhor gilme de sempre do belga, porque antes do genérico já ele morreu, depois de se metralharem mutuamente. Mas entretanto chegará um helicóptero com mais militares, que conservarão os corpos em gelo(!) e, 25 anos depois, ei-los de volta, frescos e jovens, transformados em super-soldados super-obedientes. O problema é que, apesar de terem tido as memórias apagadas, ambos continuam a reviver os traumas do Vietname. O que significa que Van Damme vai tentar regressar a casa e que Dolphie vai tentar mata-lo, por não tolerar traidores e desertores, enquanto mantém a sua etsranha obsessão por orelhas e bijuteria.

A sorte de Van Damme é que vai ter a ajuda de uma destemida jornalista, interpretada por Ally Walker na melhor imitação de sempre da Jennifer Aniston, que o vai ensinar a reaprender as minudências da vida e a refrescar-se de x em x tempo. É que os seus corpos sobreaquecem e precisam de repouso e refrigeração. Excepto Dolph Lundgren, porque começa a injectar anabolizantes e porque era difícil manter no argumento tantas pausas para ambos se recarregarem. E assim, Dolphie também pôde abandonar o seu comportamento de máquina, para o qual também não tinha propriamente muito jeito.

Depois entra-se no jogo do gato e do rato, há uma perseguição de camiões que dá bom nome ao cinema xunga, Van Damme tem a habitual cena de pancadaria num bar, Ally Walker apalpa o belga nu numa cena divertida e tudo termina com o mano-a-mano entre Van Damme e Dolph Lundgren. Obviamente que este será sempre lembrado como o soviético Ivan Drago, mas Máquinas de Guerra será sempre o seu segundo melhor filme de todos, a larga distância do terceiro. Van Damme é que tem na sua filmografia alguns (não muitos) títulos melhores que este Double Cheeseburger.Título: Universal Soldier
Realizador: Roland Emmerich
Ano: 1992

4 thoughts on “| CRÍTICAS | Máquinas de Guerra

  1. Grande filme este quando o vi pela primeira vez, mas também na altura, todos os filmes de van damme e Ivan Drago eram grandes filmes para mim.

    Eles estão juntos outra vez em Black Water, num filme todo dispensável, mas muito melhor que duas últimas sequÊncias intragáveis de Máquinas de Guerra em que apareceram de novo juntos.

  2. bem, não sei o ter visto em velocidade 2x e ter dormido no processo conta realmente como ver… mas até que é divertido, pois tem coisas como balas de poeira, um submarino que por alguma razão é uma prisão, e que aparentemente tem apenas 5 tripulantes, e um final totalmente anticlímatico… pena é que não teve o van damme e o ivan drago a medir a pila (ou dormi nessa parte).

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