| CRÍTICAS | Profissão: Duro

Há poucos filmes que se podem gabar de serem unanimemente reconhecidos como qualquer coisa, como é o caso de Profissão: Duro, o melhor filme de sempre sobre seguranças de discoteca. É certo que é o único que existe sobre o tema, mas isso não interessa para nada.

Não se sabe quem é que achou que seria uma boa ideia fazer um filme sobre um segurança dum bar, mas quem teve essa decisão visionária merece todo o nosso respeito. You’re the real MVP, introduzir meme com o Kevin Durant. É que, contra todas as previsões, a premissa funciona como se fosse a coisa mais natural do mundo. Tão natural que nem sequer nos questionamos do quão idiota é estarmos aqui a tecer loas a um filme sobre… um segurança de discoteca.

Patrick Swayze é então o muito estiloso Dalton, o melhor segurança de discotecas de discoteca(!). Não sabemos como é que ele foi eleito, mas lá mais para a frente, quando começa a precisar de ajuda, Swayze vai pedir ajuda a Sam Elliott, que é… exacto, adivinharm… o segundo melhor segurança de discotecas do mundo(!!). Apesar de fumar que nem uma chaminé, Swayze é muito zen, não bebe álcool, é licenciado em filosofia, vive num celeiro sem televisão e não usa anestesia quando é cozido no hospital porque tem um controlo da mente sobre a matéria digno de um shaolin. Mas é, ao mesmo tempo, um sacana rijo como o raio, alto ás das artes marciais e que, em tempos, matou um homem ao arrancar-lhe a traqueia com as próprias mãos(!!!). Apaixonamo-nos logo por Swayze à primeira vista. Como não gostar de uma personagem como esta?, uma variação do bailarino-lutador que Van Damme viria a cunhar como seu.

Swayze é então contratado para pôr ordem numa daquelas espeluncas à beira da estrada nacional, que nos Estados Unidos se chamam road houses e existem à patada. O Double Deuce é um antro de bêbados, traficantes, rufias e prostitutas, cujas noites acabam invariavelmente em confusão, como nos saloons do Velho Oeste. Talvez por isso todas as personagens tenham nomes de caubóis, mas a tentativa de fazer e Profissão: Duro um neo-western fica-se por aí. Swayze limpa o Double Deuxe e até Jeff Healey, o guitarrista cego que é a banda residente do bar e que oferece uma banda-sonora de blues-rock ao filme, começa a poder tocar sem ser dentro de uma jaula.

Depois há o inevitável subplot romântico com Kelly Lynch, uma das maiores paixões de adolescência de todos os que cresceram no final dos anos 80,  e vai ter que enfrentar o mafioso local (Ben Gazzara), que além de ter um negócio esquisito de abastecimento de álcool ao Double Douce (que lhe permite ter alta fazenda, helicóptero e um exército de capangas), tem um amor não correspondido pela conquista de Patrick Swayze. Profissão: Duro transforma-se no típico 80’s flick de acção, em que tudo é over the top mas feito com uma honestidade desarmante que eliminam qualquer traço de presunção. E, no final, Swayze volta a arrancar a goela a um dos bandidos com as próprias mãos, numa das cenas mais icónicas da sua carreira.

É impossível não gostar de Profissão: Duro, que além de ser unanimemente o melhor filme sobre seguranças de discotecas, é também geralmente considerado um dos melhores maus filmes para se ver. Quem não se deliciar com este McRoyal Deluxe é porque não percebe o encanto do verdadeiro cinema xunga.Título: Road House
Realizador: Rowdy Herrington
Ano: 1989

6 thoughts on “| CRÍTICAS | Profissão: Duro

  1. Esta crítica está escrita de um modo pretensioso e ao mesmo tempo desleixado. Pretensioso porque passaram vários anos desde a sua estreia e hoje em dia quem for ver esse filme não vai vivenciar com a mesma intensidade de há 3 décadas atrás, não adianta empolgar a coisa com estrangeirismos. Desleixado porque tem muitos erros de sintaxe ao longo de uma lauda de texto.
    Palpita-me que a McDonalds está a patrocinar a crítica, mas esta fica aquém de um Cheeseburguer quanto a valor. Não haja dúvidas que uns ganham a vida a divertirem-se, ainda que se revelem uns/umas incompetentes, enquanto outros são sujeitos a tentativas de escravatura em pleno sec. XXI.

  2. Já li muita crítica ruim mas essa consegue ser pior que qualquer uma. Não consegui chegar nem no terceiro parágrafo. Já no início vem com um papinho pretensioso sobre este ser um filme sobre um segurança de bar, como se boas histórias fossem somente de reis, rainhas ou imperadores. Poupe-nos de seu complexo de inferioridade disfarçado de condescendência, cara.

Responder a dermot Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *